terça-feira, 15 de setembro de 2015

Parlamento europeu reforça proibição de comercialização de produtos derivados de focas‏.



Os eurodeputados aprovaram por larga maioria o reforço da proibição do comércio de produtos derivados de foca na União Europeia, esta terça-feira, 8 de setembro, em sessão plenária. As novas regras vão alargar a proibição do comércio aos produtos provenientes da caça de focas como forma de preservar os recursos haliêuticos. O comércio de produtos provenientes da caça levada a cabo pelos inuítes e outras comunidades indígenas vai continuar a ser permitido.

Para responder às preocupações pelo bem-estar dos animais, a UE proibiu em 2009 o comércio de produtos derivados de foca, como carne ou peles. A proibição que entrou em vigor em 2010 permitia duas exceções: uma para os produtos de caça por comunidades indígenas e outra para caça em pequena escala como forma de assegurar a sustentabilidade da gestão dos recursos marinhos.

A proibição foi contestada pelo Canadá e pela Noruega na Organização Mundial do Comércio (OMC). Em junho de 2014, a OMC proferiu a sua decisão, segundo a qual a proibição poderia ser justificada com base em razões de ordem moral relativamente ao bem-estar das focas, mas as exceções necessitavam de clarificação.

Desde 2002, mais de 2 milhões de focas foram mortas no Canadá, sendo este o país onde ocorrem os maiores massacres de mamíferos marinhos no planeta. Os produtos resultantes dessas mortes, são na maior parte as peles, no entanto têm vindo a ser proibidos. Este embargo à comercialização das peles já foi aplicada em 35 países, incluindo Estados Unidos, Rússia e Taiwan.
Pesquisas de opinião mostram forte apoio público à proibição da União Europeia, introduzido primeiramente em 2009, com a aprovação de 72% dos cidadãos europeus e 86% dos canadenses.
De acordo com a parlamentar Catherine Stihler, o boicote da União Europeia evitou que 2 milhões de focas fossem espancadas ou mortas a tiros. “Milhões de outras focas continuarão a serem salvas desta prática horrível e bárbara, se houver um reforço na proibição por parte da União Europeia”, disse ela. “A única maneira de se fazer com que esta proibição funcione é através da cooperação entre os países e da ação internacional, e em questões dessa natureza a União Europeia tem que assumir a liderança, refletindo as preocupações da Europa e do mundo com os direitos animais”.
Igor Soltes, do Green Party, afirmou que a nova votação – obtida pela maioria de  631 – irá assegurar que o boicote ao comércio na Europa de fato seja aplicado. “Esperamos que todos os estados membros e todos os parceiros, incluindo os estados nórdicos, agora sigam plenamente a proibição, que tem o esmagador suporte popular de toda a Europa”, declarou ele.
Fonte: http://www.anda.jor.br; http://www.europarl.europa.eu

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