
Para responder às preocupações pelo
bem-estar dos animais, a UE proibiu em 2009 o comércio de produtos derivados de
foca, como carne ou peles. A proibição que entrou em vigor em 2010 permitia
duas exceções: uma para os produtos de caça por comunidades indígenas e outra
para caça em pequena escala como forma de assegurar a sustentabilidade da
gestão dos recursos marinhos.
A proibição foi contestada pelo Canadá e
pela Noruega na Organização Mundial do Comércio (OMC). Em junho de 2014, a OMC proferiu a sua decisão, segundo a qual a proibição poderia ser justificada com
base em razões de ordem moral relativamente ao bem-estar das focas, mas as
exceções necessitavam de clarificação.
Desde 2002, mais de 2 milhões de focas foram mortas no
Canadá, sendo este o país onde ocorrem os maiores massacres de mamíferos
marinhos no planeta. Os produtos resultantes dessas mortes, são na maior parte
as peles, no entanto têm vindo a ser proibidos. Este embargo à comercialização
das peles já foi aplicada em 35 países, incluindo Estados Unidos, Rússia e
Taiwan.
Pesquisas de opinião mostram forte apoio público à
proibição da União Europeia, introduzido primeiramente em 2009, com a aprovação
de 72% dos cidadãos europeus e 86% dos canadenses.
De
acordo com a parlamentar Catherine Stihler, o boicote da União Europeia evitou
que 2 milhões de focas fossem espancadas ou mortas a tiros. “Milhões de outras
focas continuarão a serem salvas desta prática horrível e bárbara, se houver um
reforço na proibição por parte da União Europeia”, disse ela. “A única maneira
de se fazer com que esta proibição funcione é através da cooperação entre os
países e da ação internacional, e em questões dessa natureza a União Europeia
tem que assumir a liderança, refletindo as preocupações da Europa e do mundo
com os direitos animais”.
Igor
Soltes, do Green Party, afirmou que a nova votação – obtida pela maioria
de 631 – irá assegurar que o boicote ao comércio na Europa de fato seja
aplicado. “Esperamos que todos os estados membros e todos os parceiros,
incluindo os estados nórdicos, agora sigam plenamente a proibição, que tem o
esmagador suporte popular de toda a Europa”, declarou ele.
Fonte: http://www.anda.jor.br;
http://www.europarl.europa.eu
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