Com o fiel companheiro de alarme e defesa, os pastores
da região vão ter menos necessidade de afugentar lobos do seu habitat natural,
salvaguardando assim uma espécie que é protegida por lei.
EDP e o Grupo Lobo vão distribuir 60 cães de
gado a pastores nos próximos três anos, no âmbito do Programa de Proteção e
Valorização do Lobo Ibérico e das compensações dos impactos ambientais
resultantes da construção da barragem do Baixo Sabor.
A medida visa garantir a abundância de presas naturais, a redução da perturbação humana e a diminuição "do potencial de conflito" entre o lobo e os pastores, devido aos ataques a que os rebanhos estão sujeitos.
Para a concretização do projeto, foram adaptados cães de gado transmontano, animais dóceis mas considerados "exímios" guardadores de gado.
"Estes animais selecionados pertencentes a uma raça autóctone são dissuasores dos ataques de lobos, já que foram selecionados para esse efeito. Quando são inseridos no rebanho passam a reconhecê-lo como sua família, sendo o seu instinto proteger o rebanho",.
Após a entrega dos animais aos pastores, vai haver um período em que o Grupo Lobo dá apoio no acompanhamento dos mesmos, “fazendo a vacinação, acompanhando o desenvolvimento dos animais e verificando se os cães são eficazes na protecção dos rebanhos", frisa Teresa Rocha, represente da EDP.
Os pastores mostram-se contentes com a iniciativa e acreditam que os cães vão ajudar a proteger os rebanhos de ovelhas de possíveis investidas de lobos.
Alípio Janeiro, da aldeia de Fornos, concelho de Freixo de Espada à Cinta, foi contemplado com uma cadela de gado transmontano. O animal dá pelo nome de “Diana” e está em fase de aprendizagem, mas já acompanha o rebanho “para todo o lado”.
"Vamos ver o que aprende. Espero que seja boa para guardar o gado. Às coisas estranhas já dá sinal. Quanto ao resto, não têm aparecido lobos pela aldeia apesar de terem rondado as imediações",.
Além de cães para os pastores, a EDP e os seus parceiros locais vão criar pastagens para presas, definir zonas de refúgio, de exclusão de caça, pontos de água, entre outras soluções para garantir a presença do lobo nas serras transmontanas.
A medida visa garantir a abundância de presas naturais, a redução da perturbação humana e a diminuição "do potencial de conflito" entre o lobo e os pastores, devido aos ataques a que os rebanhos estão sujeitos.
Para a concretização do projeto, foram adaptados cães de gado transmontano, animais dóceis mas considerados "exímios" guardadores de gado.
"Estes animais selecionados pertencentes a uma raça autóctone são dissuasores dos ataques de lobos, já que foram selecionados para esse efeito. Quando são inseridos no rebanho passam a reconhecê-lo como sua família, sendo o seu instinto proteger o rebanho",.
Após a entrega dos animais aos pastores, vai haver um período em que o Grupo Lobo dá apoio no acompanhamento dos mesmos, “fazendo a vacinação, acompanhando o desenvolvimento dos animais e verificando se os cães são eficazes na protecção dos rebanhos", frisa Teresa Rocha, represente da EDP.
Os pastores mostram-se contentes com a iniciativa e acreditam que os cães vão ajudar a proteger os rebanhos de ovelhas de possíveis investidas de lobos.
Alípio Janeiro, da aldeia de Fornos, concelho de Freixo de Espada à Cinta, foi contemplado com uma cadela de gado transmontano. O animal dá pelo nome de “Diana” e está em fase de aprendizagem, mas já acompanha o rebanho “para todo o lado”.
"Vamos ver o que aprende. Espero que seja boa para guardar o gado. Às coisas estranhas já dá sinal. Quanto ao resto, não têm aparecido lobos pela aldeia apesar de terem rondado as imediações",.
Além de cães para os pastores, a EDP e os seus parceiros locais vão criar pastagens para presas, definir zonas de refúgio, de exclusão de caça, pontos de água, entre outras soluções para garantir a presença do lobo nas serras transmontanas.
Cão de Gado Transmontano
A origem desta raça une-se à
história de todos os mastins ibéricos e a sua evolução está ligada à rota da
transumância na Península. Companheiro do pastor com funções específicas de
guarda contra o ataque do lobo, desde sempre prolífero na zona. Em épocas remotas,
este cão fixou-se nas regiões altas de Portugal, nomeadamente em
Trás-os-Montes. Nesta região montanhosa, que se caracteriza por campos íngremes
de pastos e de difícil acesso rodoviário, esta raça adaptou-se às condições da
região e ao tipo de gado ovino e caprino que, tradicionalmente tem pastagem
nestas áreas, evoluindo, até se fixar morfologicamente, em perfeita simbiose
com as condições e o tipo de trabalho que lhe foi solicitado
Lobo-ibérico
O lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é
uma subespécie do lobo-cinzento que ocorre na Península Ibérica. Outrora muito
abundante, sua população atual deve rondar os 2000 indivíduos, dos quais cerca
de 300 habitam a região norte de Portugal. A subespécie foi descrita pelo
cientista espanhol Ángel Cabrera em 1907.
Um pouco menor e esguio que
as outras subespécies do lobo-cinzento, os lobos-ibéricos machos medem entre
130 a 180 cm de comprimento, enquanto as fêmeas medem de 130 a 160 cm. A altura
ao garrote pode chegar aos 70 cm. Os machos adultos pesam geralmente entre 30 a
40 kg e as fêmeas entre 25 a 35 kg.
A cabeça é grande e maciça,
com orelhas triangulares relativamente pequenas e olhos oblíquos de cor
amarelada. O focinho tem uma área clara, de cor branco-sujo, ao redor da boca.
A pelagem é de coloração heterogênea, que vai do castanho amarelado ao
acinzentado mesclado ao negro, particularmente sobre o dorso. Na parte anterior
das patas dianteiras possuem uma característica faixa longitudinal negra.
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