O tráfico de animais está em 4º lugar
no ranking das actividades ilegais mais lucrativas do mundo. Atualmente esta actividade
movimenta um montante extraordinário de dinheiro, só ultrapassado pelo tráfico
de droga, de seres humanos e do comércio de armas.
Estima-se que entre 20 mil e 30 mil
elefantes são abatidos por ano ilegalmente. Desde 2007, o comércio ilegal de
marfim mais do que duplicou. O tráfico de vida selvagem ameaça a biodiversidade
do planeta e coloca em perigo de extinção espécies como os elefantes, os
rinocerontes e os tigres.
Uma das causas para
este tipo de comércio ilegal seja tão lucrativo é a falta de conhecimento por
parte do comprador, é bastante mais fácil traficar marfim e chifre de
rinoceronte do que drogas. Neste momento o marfim já é mais valioso do que a
platina. Também o baixo risco de detenção e os elevados montantes envolvidos
são um chamativo para o crime organizado, que tantas vezes usam os lucros
obtidos pela venda de animais selvagens para financiar grupos terroristas.
Para combate a este tipo de crime, que
está a aumentar progressivamente a Comissão Europeia lançou um plano de acção
que inclui a prevenção do tráfico, a redução
da oferta e da procura de produtos ilegais da fauna e da flora selvagens, a
aplicação das regras vigentes e o combate à criminalidade organizada por meio
da cooperação entre os serviços de polícia competentes. O plano envolve um
investimento na ordem dos 700 milhões de euros a serem aplicados até 2020.
As prioridades do plano de ação são a
prevenção do tráfico, a redução da oferta e da procura de produtos ilegais da
fauna e da flora selvagens, a aplicação das regras vigentes e o combate à
criminalidade organizada por meio da cooperação entre os serviços de polícia
competentes, designadamente a Europol. Também é prioridade a cooperação entre
os países de origem, de destino e de trânsito, incluindo apoio financeiro da UE
para proporcionar fontes de rendimento a longo prazo às comunidades rurais que
vivem em zonas de extensa fauna selvagem.
Mas não são apenas os elefantes alvos
prioritários para a caça. Outros animais como o dos pangolins, que é o mamífero
mais traficado do mundo e está a um pequeno passo da extinção. Entre 2007
e 2013 mais de 107 mil pangolins foram confiscados depois de operações de
fiscalização contra o tráfico. Existem ainda outros animais que são chamariz
para a caça e comércio ilegais, tais como rinocerontes e tigres. Segundo dados do
paramento Europeu é possível constatar que o tráfico de animais tem subido de
forma exponencial em 2007 foram mortos ilegalmente 13 rinocerontes, enquanto em
2015 disparou para 1.175 animais abatidos. No início do século passado, o
número de tigres ascendia aos cem mil exemplares, hoje em dia não ultrapassa os
3.500 animais.
Fonte: GreenSavers
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