A rede de parques aquáticos americana
SeaWorld, anunciou esta quinta feira 17 de março que que vai deixar de ter espectáculos com orcas e também vai
acabar com o programa de criação do animal em cativeiro.
Os espectáculos com orcas serão substituídos
por atividades educativas relacionadas com a conservação marinha.
A decisão tomada na sequência da diminuição do número de espectadores e também
da pressão de ativistas e do documentário "Blackfish". Este documentário mostra cenas de
crueldade na forma como as orcas são mantidas em cativeiro e nas exibições
públicas. O filme também aborda a morte de um treinador da empresa, que foi
arrastado para debaixo da água e afogado por uma orca durante um show na
Flórida, em 2010.
"Os tempos estão a mudar, e nós mudamos
com ele", é assim que começa o comunicado do parque que anuncia o final da criação dos animais
marinhos. "As baleias assassinas
actualmente que estão ao nosso cuidado são a última geração de orcas no
SeaWorld", pode ler-se ainda.
No texto intitulado de Last Generation (Última Geração)
é referido ainda que esta decisão se trata de "fazer o melhor para as
baleias, para os convidados e para os empregrados do SeaWorld."
Entretanto Os animais que já estão sob custódia não poderão ser liberados, porque já
não podem se adaptar à vida selvagem.
O parque aquático esclareceu ainda que não
captura uma baleia há 40 anos e que a grande maioria das orcas nasceu em
cativeiro. "Estas orcas nunca viveram em ambiente selvagem e não
conseguiriam sobreviver nos oceanos", justifica a empresa. Desde o
documentário Blackfish, em 2013, que o movimentou de libertação das
orcas se converteu num pesadelo para a relações públicas do SeaWorld.
Agências reguladoras da Califórnia já tinham sinalizado que iriam proibir a rede de criar os animais, caso a empresa seguisse com um plano de expansão dos cativeiros. "A atitude da sociedade em torno desses enormes animais majestosos sob cuidado humano tem mudado por uma série de razões: um filme, a legislação ou os comentários das pessoas na internet", afirmou o CEO da SeaWorld, Joel Manby. "Não compensava lutar contra isso." Recorde-se que a polémica com o parque aquático surge dias após ser anunciada a doença da orca Tilikum, que já matou três pessoas, e que foi a protagonista do documentário referido em cima.
Fonte: Sábado
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