quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Se quer dormir bem durma com um cão ou um gato



Um estudo recente norte-americano revela que dormir com o animal de estimação pode ser uma ótima solução para as noites de insónia.
Milhares de pessoas em todo o mundo sofrem de problemas de insónia desta forma a norte-americana Mayo Clinic, tem uma sugestão simples para resolver este problema, ou seja, dividir a cama com um animal de estimação.

O estudo realizado por investigadores da Mayo Sleep Clinic, que envolveu 150 participantes, dos quais 49% tinham animais de estimação e, destes, mais de metade (56%) dormiam no quarto ou na cama com os donos. Se por um lado 20% se queixavam de pouco descanso, apontando o dedo aos amigos de quatro patas fosse pelo roncar, choramingar ou de outra coisa qualquer, por outro lado a grande maioria considerava que a presença animal não só não causava transtornos, como era mesmo benéfica, proporcionando uma sensação de segurança e de relaxamento.
Uma das participantes de 64 anos disse sentir-se “mais contente quando a sua cadela dorme debaixo dos cobertores perto dos seus pés”. Uma mulher casada referiu que vê os seus dois cães como verdadeiros “aquecedores de cama”.

Também os gatos provocam a mesma sensação de conforto. Uma mulher de 50 anos contou que adora sentir o gato a dormir contra o seu peito, assim como outra participante que considera ser algo extremamente “calmante”.
 “Os participantes disseram-nos que deliberadamente têm um cão ou um gato para os ajudar a relaxar. As pessoas que dormem sozinhas, que nem sempre são solteiras mas sim por terem parceiros que viajam ou trabalham à noite, são as que mais frequentemente vêem benefício na companhia de um animal de estimação no quarto ou em cima da cama”, garante Lois Krahn, o autor do estudo.

Esta teoria surge no seguimento de um outro inquérito feito pela Channel 4, uma cadeia televisiva britânica que concluiu que, entre uma amostra de 23.000 pessoas, mais de metade deixa os animais de estimação dormirem nas suas camas.

“Muitos donos veem os animais como membros da família, por isso, desejam incorporá-los no maior número de aspetos da sua vida. (…) Como os seres humanos gastam um tempo considerável a dormir, o desejo de manter os animais por perto durante a noite é compreensível”, afirma Krahn.
No entanto para quem dorme co cães ou gatos deverá ter alguns cuidados:
  •  Garanta que seu pet tenha tomado todas as vacinas. Lembre-se: cães e gatos devem ser vacinados anualmente;
  •  O comprimido contra os parasitas administrados com a frequência indicada pelo veterinário; 
  • Dar banho ao animal quando for necessário. No caso dos cães, não se esqueçam que ele anda "descalço” na rua e as patas e o pêlo acumulam sujidade e bactérias que podem ser transmitidas para os lençóis; 
  • Higiene da cama Se o pet soltar muito pelo, troquem com frequência de roupa de cama. Para além de ser um hábit o indispensável para a rotina de higiene do sono, o pelo acumula ácaros e monstrinhos indesejados que podem atrapalhar as vossas noites de sono; 
  • Se possível, utilize algum medicamento, devidamente prescrito pelo veterinário, com foco em prevenção contra pulgas e carrapatos;
  •  No que toca à aproximação dos animais às crianças, não se preocupem demasiado. É verdade que os mais pequenos são mais vulneráveis ao mundo que os rodeia, mas o convívio entre crianças e animais torna o sistema imunitário mais resistente, especialmente no que toca a doenças como a asma; 
  • Se houver qualquer mudança de comportamento no seu animal, consulte um veterinário.

Recorde-se que o estudo foi realizado nos Estados Unidos, onde o número de animais de estimação atingiu o valor mais alto das últimas duas décadas. Mas por cá tem também vindo a aumentar a percentagem de famílias que não dispensam um amigo de quatro patas. Os dados mais recentes, de um estudo da GFK, revelam que há mesmo já mais cães e gatos do que crianças nas famílias portuguesas. Ao todo, 54% dos lares têm um animal de estimação – estima-se que sejam já cerca de 6,7 milhões.

É, pois, de assumir que a companhia dos animais, tanto por terras do Tio Sam como por cá, seja, como referem os autores do estudo da Mayo Clinic, “incorporada em tantos aspetos da vida quanto for possível. E porque os humanos passam um tempo considerável a dormir, o desejo do dono de um animal de o ter por perto durante a noite é compreensível”.

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