Uma tradicional cerimônia que costuma acontecer no
distrito de Bara, sul do país, e atrai milhões de peregrinos vindos da Índia e
do próprio Nepal, que vinham uma vez a cada cinco anos ao festival Gadhimai
para assistir o ritual do assassinato de centenas de milhares de animais. Aproximadamente
500 mil vidas serão poupadas no Nepal após decisão do templo hinduísta
Gadhimai.
Os hinduístas faziam os “sacrifícios” para honrar a
deusa do poder, Gadhimai. O ritual aconteceu pelo menos nos últimos 265 anos,
mas alguns afirmam que data de até quatro séculos atrás.
O festival tem sido criticado por grupos defensores de
animais de todo o mundo. Motilal Prasad, da administração do templo Gadhimai,
afirma que os assassinatos deixarão de acontecer. “Decidimos eliminar
completamente a prática de sacrificar animais,” contou Prasad à imprensa.
“Percebi que os animais são como nós: possuem os mesmos órgãos que nós (…)
sentem a mesma dor que sentimos.”
Em 2009, meio milhão de animais, incluindo búfalos,
cabras e galinhas, foram assassinados no templo Gadhimai, de acordo com a
Humane Society International.
No festival do ano passado, milhões de peregrinos mataram
cerca de 200 mil animais, mesmo depois da decisão do Supremo Tribunal indiano, que proibiu o transporte
ilegal de animais pela fronteira com o Nepal, em outubro de 2014.
“Não será fácil eliminar um costume de 400 anos (…)
mas temos os próximos quatro anos para convencer as pessoas de que elas não
precisam sacrificar animais para louvar a Deusa,” segundo Prasad.
Defensores de animais elogiaram a decisão. “Essa é uma
tremenda vitória para a compaixão, salvará as vidas de incontáveis animais.
Estávamos desolados com a carnificina em Gadhimai e trabalhamos muito para
conseguir essa proibição,” segundo Gauri Maulekhi, da Humane Society.
Até o próximo festival, haverá esforços para educar as
pessoas acerca da decisão de eliminar os assassinatos de animais, conta
Maulekhi. “O sacrifício de animais é uma prática extremamente retrógrada e
nenhuma nação no mundo moderno deve tolerá-la.”
Fonte: Anda
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