Os
pré-contratos feitos com empresários dos eventos que exploram touros estavam
assinados há dias ou até meses antes das eleições, mas isso não foi obstáculo
para que as autarquias recém-eleitas suspendessem as corridas e outros eventos
relacionados com esse tipo de crueldade inseridos nas festas locais. Os
cancelamentos do eventos aconteceram durante a semana passada em municípios
como A Corunha, Gandía, Mancor de la Vall, Pinto e Alzira. Cidades como
Huesca e Alicante também tencionam seguir o mesmo caminho, mas somente a partir
do ano que vem e após a realização de um referendo. A nova prefeita de Madrid
também prometeu não destinar ¨nem um euro público¨ para eventos que exploram os
animais. As informações são do site de notícias 20 Minutos.
Galiza
O
município da Corunha decidiu a semana passada suspender a Feira Taurina, apesar
do pré-contrato assinado com um empresário. O prefeito da Corunha, Xulio
Ferreiro (Marea Atlántica), prometeu durante a campanha eleitoral ¨não
financiar a exploração de touros, nem outros espetáculos de maltrato animal¨. A
plataforma abolicionista ¨Galiza, Mellor Sen Touradas¨ aplaudiu a medida e
destacou que esta decisão pode abrir o debate sobre a possibilidade de
impulsionar uma iniciativa legislativa popular sobre a abolição das corridas de
touros.
Comunidade
Valenciana
É a
região onde mais tem aparecido novos municípios anti-touradas. Em Gandía –
localidade da Comunidade Valenciana onde não foram realizadas corridas de
touros durante 24 anos, até 2012 – as coligações políticas que atualmente
governam a região, PSOE e Mes Gandía, decidiram eliminar as festividades
taurinas sob os argumentos de que ¨Gandía é contra o maltrato animal¨e porque
¨é uma despesa que não pode ser assumida atualmente¨. Em Alzira, onde os
chamados ¨bous al carrer¨começaram a ser celebrados há sete anos com o apoio do
PP (Partido Popular) também teve tais celebrações canceladas pelos novos
governantes (Compromís), com o argumento de que a maioria da população não
aprova tais práticas na localidade. Além desses, outros municípios valencianos,
como L’Horta, Xàtiva e Aldaia planeiam realizar referendos sobre a organização
de eventos que exploram touros. Em Alicante, por sua vez, o tripartido PSOE,
Guanyar e Compromís prevê retirar o apoio financeiro e ajudas públicas à praça
de touros, e em 2017 acabarão definitivamente tais festividades.
Ilhas
Baleares
Mancor
del Vall (Maiorca) é, desde o dia 1 de Julho, o povo balear número 18 na lista
dos declarados ¨municípios anti-touradas¨, a pedido do novo prefeito, de Mes
per Mancor. A capital, Palma de Maiorca, poderá também integrar a lista, debate
previsto para o próximo dia 30 de Julho, o primeiro da legislatura. Com o
propósito de pressionar as autoridades, a associação ¨Mallorca sin
sangre¨(Maiorca sem sangue) convocou uma manifestação para o sábado dia 25 de
Julho. A lista de municípios anti-touradas na Espanha abriga atualmente um
total de 101 localidades. A primeira a encabeçar a lista foi Tossa del Mar
(1989) e a última a juntar-se aos demais foi Ariany (Maiorca), em Janeiro de
2015.
Aragão

Comunidade
de Madrid
Em
Madrid, os ganhadores do município de Pinto, Ganemos Pinto, também decidiram
deixar de financiar as largadas e corridas de touros. O último plenário
municipal foi celebrado no final de Junho. Por sua vez, a prefeita de Madrid,
Manuela Carmena, também tinha no seu programa de governo deixar de financiar as
touradas. O grupo governamental ¨Ahora Madrid¨renunciou ao seu espaço na
platéia da Praça de Touros Las Ventas e não financiará a escola de toureiros.
Somos Alcalá optou por sair da comissão de festividades para evitar ter que
colocar touros na programação habitual.
Os
abolicionistas vêem estes tímidos primeiros passos como um ¨avanço positivo
porque demonstra que os partidos perceberam que há uma necessidade da população
de acabar com o drama que vivem os animais nessas festividades¨, nas palavras
de Amanda Luis, do Pacma. Ela considera que o não financiamento destes eventos
ainda não é o suficiente. ¨Se o que queremos é construir uma sociedade mais
justa e ética, os eventos taurinos não só devem deixar de ser subsidiados, como
também devem ser proibidos. Ou a tortura deixa de ser humilhante quando é paga
com o dinheiro privado?”, disse. A sua proposta é uma¨proibição, gradual, mas
proibição¨, sem deixar de lado outros ¨maus-tratos a animais como a caça e o
abandono de cães¨, acrescenta.
Fonte: http://greensavers.sapo.pt; http://www.anda.jor.br
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