quarta-feira, 30 de abril de 2014

Tribunal de Haia proíbe Japão de caçar baleias na Antártida


O Tribunal Internacional de Justiça da ONU em Haia, deliberou ontem (31 de Março de 2014), que o Japão cancele a caça à baleia no Antártico, afirmando que Tóquio está a desenvolver uma atividade comercial encapotada em investigação científica. Desta forma o tribunal aceita uma queixa da Austrália, que acusou japoneses da pratica desta atividade rejeita assim o argumento nipónico de que essas capturas visavam unicamente fins científicos.

O Japão deve revogar todas as autorizações e licenças no quadro do Jarpa II (programa de investigação) e deixar de conceder novas autorizações em nome do programa”, disse o juiz Peter Tomka, presidente do Tribunal Internacional de Justiça. 

As autorizações especiais não são aprovadas com vista à investigação científica”, argumentou o juiz após uma audiência em Haia. 

Este caso já se arrasta no Tribunal Internacional de Justiça, desde Maio de 2010, com a apresentação de uma queixa por parte da Austrália contra o Japão, argumentando que o programa japonês de caça à baleia na Antártida é um programa comercial disfarçado de científico. Para a Austrália, bem como para outros países e organizações ambientalistas, o Japão está a violar as resoluções legais internacionais. 

A caça comercial à baleia é proibida desde 1986, ao abrigo de uma moratória imposta pela Comissão Baleeira Internacional, que aplica Convenção Internacional para a regulação da Atividade Baleeira (ICRW, na sigla em inglês), assinada em 1946. O Japão, que assinou essa moratória, retomou a caça à baleia no ano seguinte.

Este caso deverá agora chegar ao fim. A decisão do Tribunal Internacional de Justiça é vinculativa e o Japão já tinha dito antes que iria respeitar a sua deliberação

De acordo com a Austrália, o Japão caçou 10 000 baleias entre 1987 e 2009 e quando o processo começou os dois países comprometeram-se a respeitar a decisão judicial.

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