A Indonésia criou oficialmente a maior zona de proteção de raias
manta do mundo, com 5,8 milhões de quilómetros quadrados, num esforço de
preservação de uma espécie ameaçada e de promoção do ecoturismo. Além disso aprovou
também uma lei que proíbe o trafico elícito desta espécie. Países como o Equador, as Filipinas, a Nova Zelândia e o México
têm já em vigor legislação semelhante.
Legislação publicada pelo executivo de Jacarta garante
proteção às raias manta, animais que se alimentam de plâncton e podem atingir
uma envergadura de nove metros e pesar mais de uma tonelada, em todas as águas
costeiras do arquipélago indonésio, composto por mais de 17.000 ilhas.
A Indonésia, o maior país do sudeste asiático, é ainda um centro
mundial da pesca de raias e tubarões, cujos tecidos cartilaginosos e brânquias
são considerados valiosos para a medicina chinesa. Já no passado mês de Setembro
um comerciante de nome Wrd, foi apanhado com 60 kg de placas de manta e punido com
uma multa $ 5.000 e 16 meses de prisão, de
acordo com a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem.
A organização não-governamental de defesa da vida selvagem
Conservation International (CI) saudou a decisão do Governo indonésio como
"audaciosa" e divulgou dados de um estudo recente que indica que uma
única raia manta pode gerar cerca de um milhão de dólares em receitas de
turismo ao longo da sua vida, que pode chegar aos 50 anos, enquanto um exemplar
morto e vendido pela sua carne e cartilagem poderá gerar no máximo cerca de 500
dólares. A indonésia é o 2º destino turístico do mundo para a observação de mantas
gerando um lucro de 15 milhões de dólares por ano, segundo Agus Dermawan,
responsável do Ministério dos Assuntos do Mar e das Pescas da Indonésia
As duas espécies conhecidas de raias manta, 'Manta birostris' e
'Manta alfredi', estão inscritas na lista vermelha das espécies vulneráveis da
União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
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