O Ministro do Ambiente e
Florestas da India proibiu a utilização de Golfinhos em qualquer tipo de espetáculo
público no país, bem como que estes fossem mantidos em cativeiro.
Num comunicado o Governo da
Índia aconselhou todos os governos estaduais no país a rejeitar qualquer proposta
de criação de um aquário de golfinhos "por qualquer pessoa ou pessoas,
organizações, agências governamentais, empresas privadas ou públicas, que
envolve a importação ou captura de espécies de cetáceos para a utilização em
entretenimento comercial, exibição pública ou privada e outros fins.
Esta proibição vem na sequência de investigações que
têm considerado que os cetáceos em geral
possuem um alto nível de inteligentes e sensíbilidade. Os cientistas que têm
estudado o comportamento do Golfinho em particular, comprovaram sua elevada e
incomum inteligência, o que significa que os golfinhos devem ser vistos como
“pessoas não humanas” e, como tais, devem ter seus próprios direitos sendo
assim tornam-.se moralmente inaceitável mantê-los em cativeiro para fins de
entretenimento”, declarou o Ministério do Ambiente e das Florestas da Indica.
Em todo o mundo, menos de uma dezena de países
adotaram esta proibição no seu território. Neste momento, pelo menos a Suíça, a
Noruega, o Luxemburgo, a Eslovénia e o Chipre aderiram a esta proibição.
Segundo a Oceanic
Preservation Society (EUA), em mar aberto, um golfinho vive em média 50
anos. Em cativeiro, esses mamíferos dispõem de uma área, para nadar, muito
inferior à que poderiam usufruir em seu ambiente natural, o que reduz
consideravelmente o seu tempo de vida. Muitos destes golfinhos desenvolvem
depressão e comportamento autodestrutivos.
Inteligência dos Golfinhos
O principal componente é a habilidade que se tem de
comunicar. Um humano pode ser extremamente inteligente mas se passar a maior
parte do tempo a tentar sobreviver, não restará tempo para o pensamento. Tempo
livre é então um grande fator, e os golfinhos têm-no em abundância.
Os golfinhos não dormem como nós, eles são capazes de "desligar" uma parte do cérebro por minutos numa determinada altura ao longo do dia. Muito raramente "desligam" o cérebro completamente. Isto é necessário porque os golfinhos necessitam de respirar ar pelo menos uma vez em cada 8 minutos. As únicas coisas que um golfinho faz é comer grandes quantidades de peixe e brincar.
"Muitos dos cérebros dos golfinhos são maiores
que o nosso e o segundo em massa -após o cérebro humano- ao ser correlacionados
com o tamanho do corpo", disse Lori
Marinho, uma zoóloga da Universidade de Emory em Atlanta, Georgia, que
utilizou imagens por ressonância magnética para traçar o cérebro das
espécies de golfinhos e compará-los com o dos primatas. "A neuroanatomia
sugere uma continuidade psicológica entre os seres humanos e os golfinhos, o
qual tem profundos envolvimentos na ética das interações dos humanos com os
golfinhos", acrescentou.
Os golfinhos são reconhecidos por muito tempo como um
dos animais mais inteligentes, mas muitos investigadores colocavam-no abaixo
dos chimpanzés. Recentemente, uma série de estudos sobre o comportamento
sugeriu que os golfinhos, especialmente os golfinhos "nariz de
garrafa" (Tursiops truncatus), poderiam ser mais brilhantes
que os chimpanzés. Os estudos mostram como os golfinhos têm personalidades
diferentes, um forte senso de si mesmos e podem pensar no futuro.
A Comunicação dos Golfinhos
O Golfinho é capaz de gerar som sob a forma de clicks,
dentro dos seus sacos nasais, situados por detrás da nuca. A frequência dos
clicks é mais alta que a dos sons usados para comunicações e difere de espécie
para espécie. A nuca toma a função de lente que foca o som num feixe que é
projetado para a frente do mamífero. Quando o som atinge um objeto, alguma da
energia da forma de onda e refletida para o golfinho. Aparentemente é o maxilar
inferior que recebe o eco, e o tecido gorduroso que lhe precede, que o
transmite ao ouvido médio e posteriormente ao cérebro.
Recentemente foi sugerido que os dentes e os nervos
dentários transmitiam informações adicionais ao cérebro dos golfinhos. Assim
que um eco é recebido, o golfinho gera outro click. O lapso temporal entre os
clicks permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto. Pela
continuidade deste processo, o golfinho consegue seguir objetos.
O Golfinho é capaz de o fazer num ambiente com ruido,
é capaz de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos
simultaneamente - fatores que fazem inveja a qualquer sonar humano.
O tipo de som que os golfinhos emitem não tem um nome específico. Não há dúvida, porém, que, de seu modo peculiar, os golfinhos " falam " abundantemente
A comunicação entre espécies é também necessária. Os
golfinhos usam uma linguagem por assobios que é 10 vezes mais rápida que a
nossa fala e 10 vezes mais alta em frequência.
Por todas estas
características o golfinho foi declarado a segunda criatura mais
inteligente do planeta após os seres humanos, e os cientistas sugerem que estes
seres são tão brilhantes que devem ser tratados como "pessoas não
humanas".
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