quarta-feira, 5 de julho de 2017

Veterinários querem plano de contingência para os animais



A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) quer que a Proteção Civil Integre profissionais desta área e que desenvolva um plano de contingência para animais em situações de catástrofe, o qual pretende discutir com o Governo.

Em declarações à agencia Lusa, o Bastonário da OMV, Jorge Cid, referiu que “a prioridade são as pessoas, mas tem que haver um plano paralelo, que inclua não só veterinários mas também engenheiros zootécnicos e outros profissionais, que possam ocupar-se da parte animal”. 

Esta proposta surgiu na sequência dos grandes incêndios na região centro de Portugal, que queimaram milhares de hectares em Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e outras localidades vizinhas, e que mataram também milhares de animais, de companhia e de agropecuária.
As reuniões com o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e com o Ministério da Administração Interna já estão pedidas e a expectativa do bastonário da OMV, Jorge Cid, é a de que aconteçam entre esta semana e a próxima. 
Na altura dos incêndios, a OMV reagiu prontamente e foram vários os veterinários que estiveram no terreno, a ajudar nas explorações agrícolas, pequenos proprietários de gado e de animais de companhia. No entanto estes profissionais atuaram sempre de forma voluntária e boa fé, sem qualquer plano pré-determinado ou coordenação definida com as autoridades. É essa situação que a OMV quer rever agora, para que resposta possa ser a mais adequada. 
O primeiro passo que a OMV pretende dar é o da criação de um grupo de trabalho que defina aquilo que venha a ser o plano de contingência animal, mas este terá necessariamente que prever, segundo Jorge Cid, a disponibilização imediata de ajuda para animais e a definição de zonas de resgate e acolhimento, onde estes possam permanecer em segurança até haver condições para regressarem a casa.

É preciso também que se pense o transporte de animais -- não só de companhia, mas também os de exploração e, eventualmente, de grande porte, supondo que um parque ou zoológico possa ser atingido por uma catástrofe -- e, igualmente importante para os veterinários, um plano de recuperação e salvamento da fauna selvagem.


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