Mais de 300 mamíferos selvagens estão a ser “consumido
até à extinção”, pelos seres humanos. A caça e captura dos animais está a levar
ao limite da sobrevivência animais tão distintos como o macaco ao morcego, de
acordo com um estudo realizado a nível internacional sobre o comercio de carne
selvagem.
O estudo publicado na revista Royal Society Open Science, chama a atenção para esta
realidade, caso não sejam tomadas medidas urgentes para reverter esta situação,
o desaparecimento de algumas destas espécies provocará um desequilíbrio no
sistema que suporta a alimentação destas populações.
Os Investigadores basearam-se na “lista negra”
da International Union for Conservation of Nature’s (IUCN), para identificar os
mamíferos terrestres ameaçadas de extinção que são mais susceptíveis a caça
para consumo humano. Foram encontradas 301 espécies, representando 7% de todos
os mamíferos terrestres avaliadas pela IUCN e cerca de um quarto de todos os
mamíferos em perigo de extinção.
De
entre os animais em perigo incluem-se 168 primatas, como o gorila da planície e
mandrill, 73 animais com cascos, como o iaque selvagem e camelo bactriano, 27
morcegos, como o morcego-dourado nivelado e da raposa de voo de barba negra, e
12 carnívoros, como o leopardo nebuloso e várias espécies de ursos.
“Há uma imensidão de coisas ruins que afectam a vida selvagem,
actualmente. A degradação e perda de vida selvagem sobressaem, mas temos também
de prestar atenção ao colossal impacto que a caça de carne de animais selvagens
provoca no ambiente”, esclarece David Macdonald, responsável por esta equipa de
investigação, ao The Guardian.
“O número de caçadores envolvidos neste esquema aumentou, e a
penetração das redes rodoviárias para os lugares mais remotos é tal que se
torna impossível controlar. O que antes era apenas um coelho na panela de uma
família na zona, torna-se agora algo comercialmente apetecível. Nos Camarões,
só para dar um exemplo, ao amanhecer é possível ver uma imensa fila de táxis
saindo para as áreas mais remotas destes locais, para regressarem ao fim do dia
carregadas de carne de animais selvagens, para vender na cidade mais próxima”,
alerta David.
Torna-se bastante difícil quantificar qual é a verdadeira dimensão do comércio de carne selvagem, mas, em 2011, o Center for International Forestry Research, estimava que perto de 6 milhões de toneladas de animais eram “recolhidas” todos os anos. Outro estudo indicava ainda que perto de 89 mil toneladas de carne, com um custo aproximado de $200m, eram retiradas todos os anos da selva da Amazónia. Esta carne é traficada para o exterior, com umas impressionantes 260 toneladas de carne a serem apreendidas todos os anos, apenas no aeroporto de Charles de Gaulle, em Paris.
Torna-se bastante difícil quantificar qual é a verdadeira dimensão do comércio de carne selvagem, mas, em 2011, o Center for International Forestry Research, estimava que perto de 6 milhões de toneladas de animais eram “recolhidas” todos os anos. Outro estudo indicava ainda que perto de 89 mil toneladas de carne, com um custo aproximado de $200m, eram retiradas todos os anos da selva da Amazónia. Esta carne é traficada para o exterior, com umas impressionantes 260 toneladas de carne a serem apreendidas todos os anos, apenas no aeroporto de Charles de Gaulle, em Paris.
Fontes: The Guardian, Green Savers e Anda
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