Os testes com animais são uma prática muito antiga, mas que
com o passar dos tempos e com a consciencialização da população para os
direitos dos animais vêm perdendo apoiantes. São cada vez mais as organizações
de defesa dos animais e cidadãos anónimos a fazer campanhas contra esta prática.
Não só cães, mas ratos, coelhos e diversos primatas são
utilizados na investigação de novos medicamentos e produtos de cosméticos.
Desde o fim dos anos 50, porém, uma dupla de cientistas ingleses já dizia que,
no futuro, o uso de animais não aconteceria. Hoje, mais de cinquenta anos
depois, a tecnologia já permite essa substituição?
Nesta
semana surgiu uma óptima alternativa aos testes com animais ainda que um pouco difícil
de imaginar, a imagem abaixo é, na realidade, de um coração e de um fígado
minúsculos. Pode-se ver uma série de minúsculos corações batendo à
direita, e na esquerda um coração que foi incluso com um fígado. Todos eles
foram impressos em 3D.
Segundo
reportagem do site The Huffington Post UK, esses órgãos artificiais são o
trabalho de Anthony Atala e de uma equipe do Instituto de Medicina Regenerativa
de Wake Forest (Wake Forest Institute for Regenerative Medicine) em
Winston-Salem, Carolina do Norte e são os resultados de uma nova técnica que
poderia anunciar um passo a frente nos testes de medicamentos.
A
New Scientist relata que os órgãos foram criados por reprogramação de células
cutâneas humanas em células cardíacas. Uma impressora 3D foi então utilizada
para criar o formato desejado.
No mês passado também surgiu
a notícia da criação de um rato virtual, que pode substituir os animais. Os
investigadores do HumanBrain Project, um
projecto de investigação de dez anos na área das neurociências, financiado pela
Comissão Europeia, estão a trabalhar numa maneira de permitir à ciência
continuar a testar métodos e medicamentos sem que para isso seja utilizada a
vida de um animal. Para tal, estão a construir um rato virtual que será um
modelo computacional exacto de um rato real para que as futuras investigações
médicas possam ser modeladas de forma tão precisa como se estivessem a ser
testadas em ratos verdadeiros.
De momento, a equipa já conseguiu mapear cerca de 200.000 neurónios do cérebro dos roedores e fazê-los corresponder às diferentes partes do corpo que são responsáveis pelo seu estímulo. O cérebro de um rato tem 75 milhões de neurónios e, como tal, ainda há muito trabalho para ser feito, mas os investigadores estão a avançar com alguma celeridade.
De momento, a equipa já conseguiu mapear cerca de 200.000 neurónios do cérebro dos roedores e fazê-los corresponder às diferentes partes do corpo que são responsáveis pelo seu estímulo. O cérebro de um rato tem 75 milhões de neurónios e, como tal, ainda há muito trabalho para ser feito, mas os investigadores estão a avançar com alguma celeridade.
Outra
alternativa muito estudada que poderá revolucionar os testes com animais será
Ship criado pela nova startup chamada Emulate. Este chip consegue reproduzir a fisiologia
humana. Essa tecnologia está sendo chamada
de Organs-on-Chips (Órgãos-em-Chips) e promete ser muito mais
eficiente do que o uso de animais para teste, já que as reações serão as
mesmas dos órgãos humanos, apresentando resultados muito mais
confiáveis. Uma equipe formada por bioengenheiros do Instituto Wyss,
ligada à Universidade de Harvard, foi a responsável pela ideia do
Organs-on-Chips.
Os dispositivos contêm canais preenchidos com tecidos humanos
vivos e algumas células livres, que foram cultivadas laboratorialmente para
garantir as mesmas condições do corpo humano. Pela primeira vez
tornou-se possível saber as reações fisiológicas humanas sem que seja
preciso realizar um procedimento invasivo.
Talvez estes avanços nas tecnologias poderão não acabar num
futuro próximo com a utilização de animais na investigação, no entanto são ótimos
avanços para que isso possa acontecer.
Fontes: Green Savers, Anda, http://www.infoescola.com; http://revistagalileu.globo.com;
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