terça-feira, 21 de julho de 2015

Cientistas afirmam que peixes podem ser mais inteligentes que primatas.



Alguns estudos sobre inteligência em peixes têm demonstrado que estes animais são dotados de um sistema cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência. Um dos exemplos é a cooperação no que se refere à busca de alimentos e à defesa de potenciais predadores.
Num estudo recente sobre comportamento dos peixes, realizado por uma equipe de biólogos marinhos, mostrou que os peixes são animais bastante espertos, sendo capazes de exibir comportamento tais como:
Cooperação mútua
Os grandes recifes, são um óptimo exemplo de inteligência nos peixes uma vez que exibem uma grande diversidade de atividades, envolvendo milhares de diferentes espécies marinhas, muitas das quais aprendem a cooperar umas com as outras para benefício mútuo.
Outra forma de cooperação impressionante é o dos chamados “postos de limpeza”, onde peixes maiores se colocam e esperam que os peixes mais pequenos comam seus incómodos parasitas. Ambos saem a ganhar, uns com a comida, outros aliviam-se dos parasitas.
Este processo é complexo, mas revelador de como os peixes conseguem gerir bem o sistema. Os investigadores observaram o comportamento dos peixes “de limpeza”, que se adaptam e administram o número de “clientes”, conforme passam pelos postos. Na verdade, estes animais preferem o gosto do nutritivo muco que cobre a pele dos peixes que limpam, e ocasionalmente se arriscam a morder os “clientes”. Se houver muitos peixes que comem os parasitas, os clientes abandonam peixes que derem essas mordidas indesejadas. Se o serviço dos peixes pequenos, estiver escasso, os peixes maiores toleram mais mordidas do que o normal.
Estes peixes de limpeza, aprenderam que podem manipular o sistema, dando mais mordidas no muco, dependendo de quantos clientes em potencial ou peixes concorrentes estão por perto.
Parceiros de caça
Investigadores observaram também diversas parcerias na caça, como por exemplo a dupla formada pelos predadores garoupa e moreia. Normalmente, espera-se que esses animais compitam entre si, mas as espécies desenvolveram um sistema que é mutuamente benéfico. Um dos animais nada até o recife, espantando as presas até o campo estar aberto, ou até a uma passagem fechada, tornando-as alvos fáceis para todos.
Linguagem corporal
Os peixes caçadores usam uma linguagem corporal sofisticada para sincronizar seus ataques. Um aceno de cabeça costuma ser o sinal definitivo para ação. Esse tipo de comunicação não é exclusivo dos peixes encontrados em recifes, mas numa grande diversidade de peixes como é o exemplo o atum, em que esta linguagem é bastante desenvolvida ( nadam em círculos para confundir predadores, por exemplo).

Identificação de oportunidades
Uma das descobertas mais impressionantes do estudo foram as sofisticadas habilidades de processamento cognitivo dos peixes que fazem a limpeza de parasitas. Segundo o investigador Redouan Bshary, elas seriam superiores às de primatas.
Um teste foi realizado com estes animais, em que dois pratos de comida eram colocados: um permaneceria no mesmo lugar, o outro seria removido depois de um curto período. Os peixes tinham que compreender que deviam comer primeiro do prato que seria retirado.
Estes peixes tiveram um ótimo desempenho, e demonstraram sua percepção excelente ao aprender rapidamente que tinham de comer do prato que seria retirado, antes de se dirigir ao prato permanente. Os resultados positivos repetiram-se em todas as variações do teste. Primatas em que foi feito o mesmo teste demoraram muito tempo para se adaptar ao sistema.


Muitas são as estratégias destes animais para se alimentarem, ou satisfazer outras necessidades básicas, para além de conseguirem viver em comunidade, tudo isto é conseguido graças ao seu poder de Inteligência. Aos humanos cabe simplesmente mudar a perspectiva como se vê mundo e como se olha para os outros animais.

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