quarta-feira, 3 de junho de 2015

Metade da população de saigas do mundo morreu no mês passado.



A saiga é uma subespécie de antílope conhecida pelo seu nariz grande e flexível, que pode esticar e encolher para conseguirem respirar melhor, durante os verões secos ou os invernos rigorosos no Cazaquistão. No verão, os seus pelos são finos e escassos, mas no inverno eles engrossam como lã.

Antes dos anos 90, estimava-se que mais de um milhão de saigas vagavam pela Ásia Central, mas desde então a população sofreu perdas dramáticas. No ano passado, o número total de indivíduos caiu para aproximadamente 250.000 animais, fazendo com que a espécie esteja em vias de extinção.

Para agravar esta situação, esta primavera, época de reprodução, foi desastrosa para a espécie. Quase metade da população mundial de saigas morreu de uma doença que ainda não foi identificada. Uma contagem oficial do Programa Ambiental das Nações Unidas dá conta da morte de 120.000 animais.

Investigadores e biólogos estão já a trabalhar para descobrirem qual é a causa do desaparecimento em massa. Nesta investigação os cientistas, estão a recolher amostras de tecido animal para posterior análise laboratorial.

De acordo com a WWF, as saigas geralmente viajam em manadas de 30 a 40 indivíduos, mas durante a estação migratória da primavera, juntam-se aos milhares. As fêmeas dão à luz todas ao mesmo tempo, num curto período que dura aproximadamente uma semana. É provável que este comportamento tenha sido o fator mais importante para que a doença se propaga-se entre os animais. Rebanhos inteiros foram dizimados, com mães sendo encontradas mortas ao lado dos seus filhos.

Antes da morte em massa, a principal ameaça para as saigas era a caça por causa da sua carne e dos seus chifres, que são usados na medicina tradicional chinesa.

“Esta perda é um duro golpe para a preservação da saiga no Cazaquistão e no mundo, visto que 90% da população global desses animais se encontra no nosso país”, disse Erlan Nysynbaev, Vice-Ministro da Agricultura no Cazaquistão, num comunicado à imprensa. “É muito doloroso testemunhar essas mortes”.

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