terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Organização do Príncipe William pressiona Reino Unido a proibir comércio de marfim



A secretária do Meio Ambiente do Reino Unido, Andrea Leadsom, está sob pressão para cumprir o compromisso de proibir o comércio de marfim no país depois que a  China anunciou que proibirá o mercado interno de marfim. 
Organizações de conservação, incluindo uma instituição de caridade defendida pelo príncipe William, explicam que permitir que a indústria continue no Reino Unido alimenta a matança anual de milhares de rinocerontes e elefantes. Um estudo recente sugeriu que o Reino Unido é agora o terceiro maior fornecedor de itens de marfim para os EUA. 
O secretário de Relações Exteriores, William Haye e um ex-secretário do Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, Owen Paterson, apoiam uma proibição total, que foi um compromisso assumido pelo Partido Conservador entre 2010 e 2015.
Mas, depois de ser pressionada por casas de leilão e antiquários, que montaram uma poderosa campanha de lobby contra uma proibição total, Leadsom não mostrou que irá endossar a medida.
De acordo com os planos anunciados em setembro, a Defra pretende proibir a venda de itens contendo marfim produzidos entre 1947 e os dias atuais. No entanto, o comércio de obras de arte e antiguidades de marfim produzidas antes de 1947 será permitido para grande consternação de instituições de proteção da vida selvagem.
Numa carta aberta ao primeiro-ministro, a Action for Elephants disse que as leis feitas para regulamentar o comércio de marfim no Reino Unido se mostraram ineficazes e inviáveis.
A organização alertou que a polícia e os tribunais não dispunham de recursos para monitorar o comércio ou processar os casos em que a legislação foi infligida e que a nova lei só complicaria as questões. Segundo a Action for Elephants, o comércio legalizado do marfim deixaria que os criminosos transportassem o marfim por meio do Reino Unido.
No entanto, o anúncio da China, maior mercado de marfim do mundo, de que planeia encerrar todo o processamento comercial e venda de marfim até o final de março e fechar seu mercado interno até o final do ano, colocou o Reino Unido sob intensa pressão.

Fonte: Anda

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