A secretária do Meio Ambiente do Reino Unido, Andrea
Leadsom, está sob pressão para cumprir o compromisso de proibir o comércio de
marfim no país depois que a China anunciou que proibirá o mercado interno de
marfim.
Organizações
de conservação, incluindo uma instituição de caridade defendida pelo príncipe
William, explicam que permitir que a indústria continue no Reino Unido alimenta
a matança anual de milhares de rinocerontes e elefantes. Um estudo recente
sugeriu que o Reino Unido é agora o terceiro maior fornecedor de itens de
marfim para os EUA.
O
secretário de Relações Exteriores, William Haye e um ex-secretário do
Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, Owen Paterson,
apoiam uma proibição total, que foi um compromisso assumido pelo Partido
Conservador entre 2010 e 2015.
Mas,
depois de ser pressionada por casas de leilão e antiquários, que montaram uma
poderosa campanha de lobby contra uma proibição total, Leadsom não mostrou que
irá endossar a medida.
De
acordo com os planos anunciados em setembro, a Defra pretende proibir a venda
de itens contendo marfim produzidos entre 1947 e os dias atuais. No entanto, o
comércio de obras de arte e antiguidades de marfim produzidas antes de 1947
será permitido para grande consternação de instituições de proteção da vida
selvagem.
Numa
carta aberta ao primeiro-ministro, a Action for Elephants disse que as leis
feitas para regulamentar o comércio de marfim no Reino Unido se mostraram
ineficazes e inviáveis.
A
organização alertou que a polícia e os tribunais não dispunham de recursos para
monitorar o comércio ou processar os casos em que a legislação foi infligida e
que a nova lei só complicaria as questões. Segundo a Action for Elephants, o
comércio legalizado do marfim deixaria que os criminosos transportassem o
marfim por meio do Reino Unido.
No
entanto, o anúncio da China, maior mercado de marfim do mundo, de que planeia
encerrar todo o processamento comercial e venda de marfim até o final de março
e fechar seu mercado interno até o final do ano, colocou o Reino Unido sob
intensa pressão.
Fonte: Anda
Sem comentários:
Enviar um comentário