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O milionário Wang Yan, na foto, salvou mais de cinco mil cães abandonados de serem consumidos no festival de Yulin| EPA/MARK CHINA OUT |
O
Festival de Yulin continua a realizar-se todos os anos no sul da China. Neste
famoso festival milhares de cães são sacrificados para entrarem na celebração.
Apesar da pressão internacional, a vontade dos comerciantes locais tem sido um
dos principais entraves ao fim desta festividade.
Yulin,
na província de Guangxi Zhuang, no sul da China, organiza
o festival de carne de cão, que ocorrer todos os anos durante o solstício de
verão, desencadeando uma onda de revolta em todo o mundo, com grupos de defesa
dos direitos dos animais, a fazerem um esforço gigantesco com diversas campanhas
e petições para acabarem definitivamente com este festival.
Todos
os anos, entre dez a 15 mil cães são mortos para serem consumidos durante os
dez dias da celebração, que tem início a 20 de junho. De acordo com os
entusiastas do festival, a carne de cão é um prato típico do verão, e é servido
com líchias e regado por uma aguardente feita à base de cereais, que se
acredita combater a impotência.
Uma das petições, lançada pela Humane Society Internacional, uma
associação internacional de proteção animal, já reuniu 242.102 assinaturas.
Outra, disponível através da plataforma Azaaz, já ultrapassou as 775 mil, com o
número a aumentar a cada minuto. Ambas, dirigidas ao presidente chinês Xi
Jinping, apelam para que o Festival de Carne de Cão seja imediatamente banido,
impedindo assim a chacina de milhares de cães e também de gatos. Muitos destes
animais são roubados aos donos, e enfiados
dentro de jaulas apertadas sem comida ou água até serem mortos de maneira violenta,
espancados ou sangrados até à morte.
De acordo com o texto publicado na petição da associação de
proteção animal, a pressão internacional fez com que, no ano passado, as
autoridades da cidade de Yulin anunciassem que não iriam apoiar a realização da
celebração. Graças a isso, em 2015 o festival foi realizado numa escala muito
menor e o número de cães abatido foi inferior ao dos dois anos anteriores.
“Mais recentemente, as autoridades anunciaram que o festival não ia acontecer,
mas os
comerciantes de carne de cão irão continuar a organizar o evento com ou sei
apoio oficial“, refere o texto. Estes são um dos principais
entraves ao fim do festival, que vêem nele uma oportunidade de negócio.
"Milhares de cidadãos chineses já se
manifestaram contra o festival, mas as autoridades não vão agir até verem o
quanto está a prejudicar a imagem global da China, a qual estão a trabalhar
arduamente para melhorar", refere outra petições.
A 'tradição' de comer carne de cão na China já não é o que era,
parecendo estar a perder adeptos, mas o festival de Yulin continua a
realizar-se.
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