A saiga é uma subespécie
de antílope conhecida pelo seu nariz grande e flexível, que pode esticar e
encolher para conseguirem respirar melhor, durante os verões secos ou os
invernos rigorosos no Cazaquistão. No verão, os seus pelos são finos e
escassos, mas no inverno eles engrossam como lã.
Antes dos anos 90, estimava-se que mais de
um milhão de saigas vagavam pela Ásia Central, mas desde então a população
sofreu perdas dramáticas. No ano passado, o número total de indivíduos caiu
para aproximadamente 250.000 animais, fazendo com que a espécie esteja em vias
de extinção.
Para agravar esta situação, esta primavera,
época de reprodução, foi desastrosa para a espécie. Quase metade da população
mundial de saigas morreu de uma doença que ainda não foi identificada. Uma
contagem oficial do Programa Ambiental das Nações Unidas dá conta da morte de
120.000 animais.
Investigadores e biólogos estão já a trabalhar para descobrirem
qual é a causa do desaparecimento em massa. Nesta investigação os cientistas, estão a recolher amostras de tecido animal
para posterior análise laboratorial.
De acordo com a WWF, as saigas geralmente viajam em manadas de
30 a 40 indivíduos, mas durante a estação migratória da primavera, juntam-se
aos milhares. As fêmeas dão à luz todas ao mesmo tempo, num curto período que
dura aproximadamente uma semana. É provável que este comportamento tenha sido o
fator mais importante para que a doença se propaga-se entre os animais. Rebanhos
inteiros foram dizimados, com mães sendo encontradas mortas ao lado dos seus
filhos.
Antes da morte em massa, a principal ameaça para as saigas era a
caça por causa da sua carne e dos seus chifres, que são usados na medicina
tradicional chinesa.
“Esta perda é um duro golpe para a
preservação da saiga no Cazaquistão e no mundo, visto que 90% da população
global desses animais se encontra no nosso país”, disse Erlan Nysynbaev,
Vice-Ministro da Agricultura no Cazaquistão, num comunicado à imprensa. “É
muito doloroso testemunhar essas mortes”.
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