“A alteração do estatuto de conservação do
lobo não é uma possibilidade”, garantiu ontem Miguel de Castro Neto, secretário
de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, em reunião
com o PAN – Pessoas-Animais-Natureza.
“Uma das possibilidades de gerir excessos populacionais aceite
internacionalmente como aplicável é a caça, mas não é isso que é aplicável
neste caso” afirmou Miguel de Castro Neto, em declarações à agência Lusa. “Não
tenho qualquer posição de princípio sobre a atividade cinegética”, tanto mais
que a tutela desta atividade em Portugal “não é minha, é do Ministério da
Agricultura”, acrescentou.
“Existe, de facto, uma situação complicada em algumas das
zonas”, mas “estamos a trabalhar no sentido de promover as ações necessárias
para garantir que conseguimos conservar e recuperar esta espécie, em harmonia
com a presença humana naqueles territórios e a atividade económica que aquelas
populações desenvolvem”, afirmou o governante.
Situações de ataques daquela espécie no norte e centro do país
têm sido noticiadas nos últimos meses e, depois de reuniões com representantes
dos agricultores e das autoridades locais, declarações do secretário de Estado
sobre uma eventual caça ao lobo causaram polémica.
A falta de dados que permitam perceber se a
população do lobo ibérico está a crescer muito é uma das razões para o Governo
avançar com a preparação do plano de ação para a conservação da espécie, com a
primeira reunião a 07 de abril, em Vila Real, com a participação de representantes
de várias áreas, da investigação às organizações não governamentais do ambiente
e dos setores agro-pecuário, cinegético e florestal.
Fontes: GreenSavers e Anda Fotos: alexandre alacchi / Creative Commons
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