quinta-feira, 26 de março de 2015

Secretário de Estado afirma que “nunca esteve em cima da mesa” abrir caça ao lobo ibérico.


“A alteração do estatuto de conservação do lobo não é uma possibilidade”, garantiu ontem Miguel de Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, em reunião com o PAN – Pessoas-Animais-Natureza.

“Uma das possibilidades de gerir excessos populacionais aceite internacionalmente como aplicável é a caça, mas não é isso que é aplicável neste caso” afirmou Miguel de Castro Neto, em declarações à agência Lusa. “Não tenho qualquer posição de princípio sobre a atividade cinegética”, tanto mais que a tutela desta atividade em Portugal “não é minha, é do Ministério da Agricultura”, acrescentou.

“Existe, de facto, uma situação complicada em algumas das zonas”, mas “estamos a trabalhar no sentido de promover as ações necessárias para garantir que conseguimos conservar e recuperar esta espécie, em harmonia com a presença humana naqueles territórios e a atividade económica que aquelas populações desenvolvem”, afirmou o governante.

Situações de ataques daquela espécie no norte e centro do país têm sido noticiadas nos últimos meses e, depois de reuniões com representantes dos agricultores e das autoridades locais, declarações do secretário de Estado sobre uma eventual caça ao lobo causaram polémica.

A falta de dados que permitam perceber se a população do lobo ibérico está a crescer muito é uma das razões para o Governo avançar com a preparação do plano de ação para a conservação da espécie, com a primeira reunião a 07 de abril, em Vila Real, com a participação de representantes de várias áreas, da investigação às organizações não governamentais do ambiente e dos setores agro-pecuário, cinegético e florestal.


Fontes: GreenSavers e Anda Fotos: alexandre alacchi / Creative Commons

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